Convite para Curso de Capoeira Matrix.
Eu, Chefe Macintosh, comandante do Matadouro Nacional (Coimbra) – oficialmente, porque na prática, sou o “testa-de-ferro” do chefe Gago – convido os Voluntários de Paços e do Mundo Prisional, a participar no Curso de Capoeira Matrix que irá decorrer nos Barracões do Quartel Regional antigo, junto ao Matadouro Nacional:
O Curso é apoiado por mim e é nos moldes da informática Matrix. Fazem o download do Curso e actualizam as versões existentes.
Demora um dia inteiro, devido à antiguidade das versões do pessoal, mas no final ficam completamente actualizados, como no filme (Matrix).
O pessoal do Mundo Prisional tem a vantagem de estar mais actualizado – fazem blogues e participam neles – por isso demoram menos tempo e como já fizeram os módulos de “tomar medidas de ser um ser humano” e de “alta violação”; podem desfrutar a beleza da cidade e as festas dos estudantes.
O Curso é todo dedicado à defesa, menos a fase de inscrição, em que é feito um ataque à bolsa dos participantes.
Tem parque de estacionamento gratuito, sem mordomias hierárquicas, nem lugares marcados.
Não foi possível desbloquear o acesso ao parque do Matadouro, por causa da circular que está em vigor e que permite o acesso apenas à Nobreza.
O objectivo da circular foi impedir a entrada de substâncias ilícitas, não foi só para cumprir os objectivos do CEADAP e como elas deixaram de entrar, é para manter.
A grande novidade deste curso vai ser o professor.
Apesar de a Capoeira ter origem no Brasil, o professor vai ser um Chinês.
O melhor professor chinês da actualidade.
O forte dele é Juízito, coisa rara por estas bandas.
Vai vir charters todas as semanas de 400 ou 500 chineses.
Vamos ter comissão nos charters, nos hotéis, nos restaurantes, nos museus, etc., etc., etc.,
O ViraBrasa vai criar um departamento só de comida chinesa.
A sobremesa não vai ser banana. Apesar de os meus ajudantes (Militões) me chamarem “banana”, eu não vou estar disponível. Só se for para o meu querido Asa Delta.
O aeródromo de Cernache vai encher de chineses.
A cidade vai ser invadida de chineses, que vão ficar alojados nos Barracões do antigo Quartel Regional:
O Curso conta com a colaboração de vários especialistas, entre eles o 3 Berlindes (meu ponta-de-lança) e o seu grupo Bate-no-Carocho, com o escudo do Simpson.
Também conta com o habitual GuardaCostas e uma das suas namoradas, para ensinar as técnicas de “sair pela janela”, “esconder no armário” e “sair pela porta e cumprimentar o marido”.
Vai contar com a ajuda do Capão, para exemplificar a má utilização das técnicas, com fotos das urgências dos HUC e a cabeça cheia de ligaduras; e com a ajuda do Grelhas para exemplificar a boa aplicação das técnicas, ali para os lados do Hospital dos Covões.
Vai ensinar também, a comprar carros em segurança, para não acontecer como ao Cú-de-Pato, quando comprou o ultimo carro (o Audi ou a Mercedes) e apareceu cá todo negro. Ou como o Coelhone, que comprou um C4 e apareceu cá com um C3, porque lhe roubaram um cavalo.
Não está garantida a presença do Zé Cascata, porque recambiei-o com uma faca nas costas, que lhe cravei por acidente.
Vai ser ministrado um módulo de TAZERO (que o pessoal de Paços já fez) com a participação do Gago, como alvo. Ele possui uma medalha atribuída pelos Milicianos pela experiência com choques. Tem mais de 100Kg e só faz merda. É o que há de mais parecido com o Animal.
O Cú-de-Pato vai participar, mas não é com a chanfana de Soure, vai ficar encarregue do soprar na “palhinha”, depois do almoço.
O Seca Adegas, o Hortelão, o Ardente, a Tia Brízida e esse pessoal, podem vir à vontade, porque aqui, só a Plebe é que sopra na “palhinha”.
O pessoal que inscreveu o Seca Adegas e companhia, com a ideia de lhes acertar o passo no Curso, pode tirar o cavalinho da chuva. Quando eles passarem a portaria e levarem com o cheirinho dos grelhados do restaurante do ViraBrasa, viram logo à direita em vez de irem para os Barracões.
O ViraBrasa vai por o Grelhas e as suas pombinhas à entrada, a distribuir a ementa especial.
Atendendo ao dia em causa, os fornecedores vão levantar o boicote e inclusivamente vai ser montado um mercadinho de produtos biológicos.
Da ementa vão constar “robalinhos especiais” da Fig. da Foz, pescados pelo Romano; perdizes do Manhólas, javali na brasa do Mata Leões, etc.
O mercadinho vai servir para acabar aqui com os cambalachos clandestinos que fogem ao fisco.
O Abelhas vai ter uma barraca de mel “puro” de abelhas seleccionadas de Trouxemil.
O 30 Cabelos vai ter uma com produtos regionais como, palha, azeite, vinho, batatas, aguardente, etc.
O Boiturino e o Conde de Alvaiázere vão-lhe fazer concorrência com os mesmos produtos, com a diferença dos produtos de suinicultura do Conde e as flores e relva (do jardim de Dom António) do Boiturino.
A Vózinha vai ficar na barraca do marido a fazer concorrência ao Abelhas, vendendo mel “puro” e nozes.
O Orelhas vai vender presunto de Lamego e vinho do Porto.
Vão ouvir o típico “Ké frô?” dos indianos a vender flores, através do Teo, que arranjou essa forma gira de vender as suas flores e lenha da Serra do Buçaco.
O Contreras vai ter uma barraca dedicada ao vinho nacional.
O Zé Brasileiro vai montar uma barraca de marisco congelado e uma zona de degustação (com bons vinhos) para a Nobreza.
Os participantes que trouxerem familiares terão que pagar as refeições, pois esse privilégio é exclusivo dos familiares da direcção do restaurante.
Agora estou a ler o convite e acho que me estiquei um pouco com a história do Chinês; mesmo aqui na formatura com o pessoal do Matadouro.
Eu tenho dias assim.
Esqueço-me de tomar a medicação pela manhã e depois entusiasmo-me. Quando dou por mim, estou a mandar o pessoal embebedar-se em casa e bater nas mulheres, treinar Capoeira com os amigos e a dar aulas de sexo.
É que aqui só se fala do Cadeias em Chamas e do Porta nº 8 (esse malandro) que me perturba o sono e me tira do sério; e eu pensei:
O que é que eu tenho que fazer para abafar o Porta nº8?
Ou vou dizer que um OVNI aterrou no Marquês de Pombal, ou se digo que vou trazer um professor Chinês é igual. O importante era falarem de mim, bem ou mal.