terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Espantagnifica manifestação à porta do Matadouro de Coimbra.


Praça João Paulo II                               Arredores do Matadouro

  Espantosa e magnífica, a grandiosa manifestação organizada pelos Voluntários do Matadouro de Coimbra que invadiu as ruas da cidade junto ao Quartel (Matadouro).
  Cerca das 9h de hoje, o Matadouro de Coimbra foi sobrevoado por helicópteros e drones de várias estações de televisão e outros meios de comunicação, para a cobertura da grande manifestação dos Voluntários à porta do Matadouro.
  Os drones tiveram sorte porque a Vitória ainda não está ao serviço do Matadouro ( ver: 
http://cadeiasemchamas.blogspot.pt/2016/02/slb-realiza-protocolo-com-matadouro-de_8.html )
  A quantidade de manifestantes era tal que chegou à praça João Paulo II e houve até quem confundisse a estátua do Papa com um organizador a pedir calma aos manifestantes. Tal era a confusão  e o desespero.
Praça João Paulo II


  Esta mancha negra de pessoas superou em muito qualquer ajuntamento de adeptos da famosa claque da A.A.C também conhecida por Mancha Negra. 
  Convém esclarecer que eram poucos os Voluntários do Matadouro que participaram na grande manifestação e podiam identificar-se facilmente pelas suas caras de Zombies após 24h de serviço intensivo e violento. Os que se encontravam melhor de aspecto, eram os que estavam de Folga e que tiveram que abandonar as carocas que lhes permitem sobreviver, somadas aos magros vencimentos auferidos nesta profissão.
  A maioria dos manifestantes eram familiares e amigos de Voluntários, solidários nesta luta.
  Contaram com o apoio dos estudantes da Universidade de Coimbra e de toda a população da cidade que conhece este martírio diário de trabalhar no Matadouro de Coimbra.
  Não contaram com o apoio das forças de segurança nem de simpatizantes como os Sapadores, a PSP, a GNR, os Guardas Prisionais, etc. devido à falta de efectivos em todas elas. A destes últimos (GPs) é a mais grave, mas com esses nunca se pode contar para nada. Parece que organizaram também uma manifestação à porta da Cadeia no mesmo dia e à mesma hora, mas sem grande significado. Uns 40.
E.P.de Coimbra

E.P.da Carregueira
 Nem fogueiras nem febras à porta da cana como os da Carregueira aqui há tempos.

  Ao contrário do que se poderia pensar este Quartel tem apenas cerca de 100 Voluntários. Tendo em conta a dimensão do Quartel e o número de Passaritos no inventário, seria de esperar um maior numero de Voluntários no efectivo, mas essa é precisamente uma das reivindicações: a falta de pessoal.
  Cerca de 40 estão de serviço a trabalhar no Quartel (embora de noite sejam apenas uma meia dúzia) e com mais de 1 dúzia doentes; era impossível organizar uma manifestação Por isso foi fundamental a participação de todos os cidadãos solidários com a nossa luta.
  Empunhavam cartazes contra a política ditatorial seguida no Matadouro e com caricaturas do Gago, do Panaché e de Frei Herlander.
  Esta Manif não contou com o apoio do Sindicato Independente nem do outro (o Dependente).
  O Sindicato Independente não tem expressão  nesta casa porque só tem 1 representante: o Asa Delta.
  O Sindicato Dependente não trata de assuntos desta natureza porque não está para haver nenhum concurso de Chefes nem vê aqui uma oportunidade de brilhar na TV.
Familiar do Lavadeira
  O Tretas desmarcou-se logo da Manif, por ordem do Gago e limitou-se a meter umas achas na fogueira para a comunicação social. Falou no caso do Lavadeira que andava a passear no jardim da Mealhada, sentiu-se mal e foi parar ao Hospital. Teve que ser transportado por um familiar graças às falhas do INEM e do famoso SIRESP. Não resistiu às ajudas de custo, ao contrário do Boiturino e do Zé-do-Repolho que já estão habituados a este esforço acrescido de levar quase 2 vencimentos para casa.
  Mas o Tretas fez questão de ir cumprimentar o pessoal para a fotografia. 
  Os delegados sindicais também ficaram de fora porque há quem esteja à espera do resultado do concurso para motoristas.
  Apenas o Caixões andou a circular disfarçado de líder para mostrar serviço e quase conseguiu roubar o protagonismo aos organizadores; o Bate-as-Asas e o Gatuzo . Com o Lixívia na retaguarda a tratar da logística  porque está de baixa.
  O Caixões, pelos conhecimentos que tem no meio funerário soube que lhe andavam a preparar o enterro sindical devido às traições que cometeu desde a sua chegada ao Matadouro. Já trazia cadastro do Quartel de Leiria e assim que cá chegou fez logo desaparecer um abaixo-assinado a que deitou a mão e ainda hoje não se sabe o seu paradeiro. Mas foi eleito delegado sindical e a forma de evitar o enterro previsto foi infiltrar-se na Manif juntando-se aos organizadores e conseguindo um lugar no grupo de 3 que foi recebido na audiência concedida por Frei Herlander.
  O Panaché ainda foi chorar para a Formatura no dia anterior à Manif. Tentou demover o pessoal de participar, anunciando a entrada de mais um elemento no 2.º e 3.º turnos e o fim da escala ilegal (3-2) dos castigados. A que foi Inventada pelo Presidente do Sindicato dos Chefes dos Bombeiros e disseminada por essa organização de afilhados que subiram na vida como nós sabemos. Agora organizaram-se para serem Comissários e deu nisto: mais uma organização para massacrar os Bombeiros do país todo.
  Panaché falou com ar paternalista a avisar para os eventuais problemas (processos disciplinares) que os participantes poderão vir a ter. Avisou que o Frei Herlander não comprou o passe da Sobras ao ENTRA em vão e que ela pode começar a actuar no time do Matadouro como sua ponta de lança contra os Voluntários.
Sobras à caça
  Inicialmente ela queria salvar o Matadouro da TROIKA e vendeu tudo o que havia, inclusivamente vendeu o “carro” do Romano que estava junto à sucata. Depois fracassou na caça aos Voluntários doentes onde gastou uma fortuna aos serviços com os seus pedidos de inspecções. Tantos telefonemas fez a apressar as inspecções que ficou conhecida pela sua fobia em  perseguir os Voluntários e deixaram de lhe passar cartucho. E livrou-se (por pouco) de aparecer por aí numa valeta num dia de chuva. Agora pode aproveitar a Manif para brilhar com uns processos aos participantes.
 Em pouco tempo passámos da saída às 17h para as 18h por causa da contagem dos Passaritos. Agora o Panaché passou para as 19,30h por causa do fecho dos Passaritos. Por este andar dormimos cá.
  Após o sequestro dos 2 Voluntários ocorrido recentemente, podia ter exigido um  reforço de pessoal ao Comando Geral ou trancar os Passaritos nas gaiolas mais cedo, mas não; o covardólas vira-se sempre para os mais fracos e aumentou mais 1 hora e meia ao horário de trabalho dos Voluntários.
  O pessoal do serviço nocturno é o mais massacrado.
 Ainda há pouco tempo os turnos andaram completamente desfalcados com uma data de pessoal fora de escala de castigo por terem faltado na época Natalícia.
POIs abandonados
  Panaché não se importou com a falta de segurança nem com os postos encerrados para levar em frente a sua vingança.

 Durante a noite, sempre que um Passarito vai ao veterinário fecha-se um Posto de Observação de Incêndios (POI) porque são precisos 2 Voluntários para o acompanhar. Há dias que estão só 2 POI a funcionar, num universo de 6 existentes. Para não falar no interior do Quartel em que chega a ficar só o Chefe.
  Frei Herlander que é uma pessoa com sentimentos ficou sensibilizado com esta Manif que foi inédita na sua carreira profissional. Nunca tal havera visto.
  Ele a pensar que tinha aqui um rebanho de cordeiros e afinal saiu-lhe uma manada de "cabrões".
  Esta Manif constitui um marco histórico no Matadouro de Coimbra. Apesar do número de efectivos ser o menor de que há memória, foi possível uma conjugação de esforços e feita uma demonstração de unidade inimaginável nunca vista neste Quartel.
  Frei Herlander ainda convidou os representantes dos manifestantes para serem recebidos na sala azul mas com o seu tom de voz de igreja habitual, ninguém o ouviu.
  Só da parte da tarde recebeu os 2 organizadores (Bate-as Asas e o Gatuzo) mais o infiltrado (Caixões) que ouviu atentamente e ficou prevista uma nova conversa após uma reunião com o Panaché que irá ter lugar brevemente.
  Mudança radical a de Frei Herlander que faz pouco tempo tratou um grupo de Voluntários com arrogância e prepotência.
  Saíram da noite, esperaram por Frei Herlander e fizeram questão de serem ouvidos.
  Apenas os recebeu por terem estado à espera. Para os ameaçar caso repetissem a "manifestação" e dizer que a Segurança do Matadouro diz apenas respeito a ele e ao Panaché.
  Resumindo: estamos bem entregues.

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