domingo, 14 de fevereiro de 2016

Matadouro de Coimbra usado nas negociatas do PS


    Todos os funcionários do Estado estão habituados a assistir de vez em quando à entrada de equipamentos como: uma série de computadores iguais, de impressoras, rádios,
 secretárias, armários, etc.

   Isto acontece, não por uma necessidade efectiva desses bens no serviço ou por terem sido pedidos, mas porque alguém que ocupa um lugar de relevo teve ao seu dispor uma verba que destinou ao beneficio próprio ou de algum familiar através da aquisição desses bens.

   Os nossos governantes do PS, não desfazendo dos demais políticos (tudo a mesma m...) são exímios nessa arte de subtrair verbas ao erário publico através de parcerias publico/privadas. As famosas PPP. 

   É um fenómeno mundial conhecido por “porta giratória” ou por “pescadinha de rabo na boca”, cá no burgo.

  Consiste em pessoas que estavam no Governo e conseguiram a entrada em empresas de grandes grupos económicos que eles favoreceram através das suas decisões enquanto membros do governo e depois conseguem voltar ao Governo através dos apoios desses grandes grupos; mantendo assim o ciclo. É um grupo de criminosos que delapida e gere o nosso País desde 25 de Abril de 1974.

  Em 1999, no Governo de Guterres iniciou-se mais uma dessas PPP’s denominada  SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal) que visava gerir um sistema de comunicações com o objectivo de ser um sistema de comunicações móveis comum às forças de segurança, a emergência médica e a protecção civil.

  Todo este processo era digno de uma novela com alguns protagonistas de colarinho branco, bem conhecidos do povo como se pode ver nos links seguintes:


  Agora com o Governo de António Costa voltamos a assistir a mais do mesmo e a aproveitarem-se dos Voluntários cá do Matadouro de Coimbra para fazerem publicidade ao tal SIRESP.

  Agarraram numas dúzias de rádios que bem falta faziam às forças de segurança e outros utilizadores do SIRESP e distribuíram-nos por 3 Quartéis.


  Como não podia deixar de ser, o Matadouro de Coimbra foi um dos escolhidos. Por várias razões:

  São bem mandados. Comem e calam; nem estrebucham.

  Apesar do grande numero de passaritos que tem no inventário (mais de 500) tem um efectivo de Voluntários irrisório, o que torna o investimento menor pelo reduzido numero de rádios necessários.

  Havia uma necessidade premente de controle das comunicações por parte do SIS do Matadouro que é gerido pelo Tinente após a saída do Cú-de-Pato, um especialista na audição de conversas alheias. 



  Estes rádios gravam todas as conversações entre utilizadores e podem ser requisitadas as conversações que sejam úteis para accionar processos disciplinares aos Voluntários.

  Não podem encomendar vinho nem refeições pelo rádio, excepto no Virabrasa.

  Com a proibição da entrada dos telemóveis no Quartel, imposta por Panaché, o Gago ficou sem maneira de comunicar com o pessoal no exterior nem receber as chibadélas do costume. A maioria deixou de atender o TM fora do Quartel como retaliação pela proibição. À excepção da D. Dolophine que Frei Herlander autorizou a usar o TM no serviço para encomendar a metadona. O argumento utilizado foi o de ter o marido doente e como não se pode contar com o INEM, graças ao SIRESP, tem que ser ela a socorrê-lo, apesar de não ser médica.

  Esta argumentação não serve para os Voluntários entrarem no Quartel com o TM, mas pode ser útil para ir para a Judite, como aconteceu ao Ourives. Para não autorizarem o pedido que ele fez, mandaram-no para lá onde pode usar o TM à vontade.

  Estes rádios servem para substituir os telefones que dão muito trabalho a reparar (principalmente nos dias de chuva) e substituir os rádios existentes. Não tem nada a ver com uma melhoria das comunicações ou com aquela ideia dos filmes americanos em que andam todos com um rádio à cintura por uma questão de segurança.
  O Tinente, que não quer ser Comandante porque teria que sair do Matadouro de Coimbra só para ganhar mais uns trocos e ter a responsabilidade de gerir um Quartel ou então ficar aqui a comandar este antro; decidiu agarrar esta oportunidade com unhas e dentes. Sim, porque vidinha como esta que leva aqui no Matadouro, não há em mais lado nenhum.

  Tornou-se Comandante das comunicações da Zona Centro e arredores; e é ele que manda em tudo.

  Até tem um rádio especial, cheio de teclas que dá para falar com os amaricanos via satélite.

  Ao contrário do que dizem os utilizadores do SIRESP, o Tinente diz que os rádios têm um alcance espectacular, que ele próprio testou em passeios à conta do orçamento por esse pais fora. Inclusivamente ele disse que o Cú-de-Pato levou um rádio na mala para os Açores e falava todos os dias com o Panaché sem problemas. Sem problemas de comunicação, porque em relação ao serviço eram só problemas atrás de problemas.

  Ele anda para aí a meter medo aos motoristas dizendo que os rádios dos carros - ele fala no plural como se tivesse muitos carros onde montar os rádios mas... - têm um sistema de GPS integrado. Serve para controlar as fugas ao trajecto e já tem introduzidas as coordenadas dos locais onde costumam ir fazer os fretes ao Gago e ao Panaché.

  Ele teve que calar alguns conhecedores do SIRESP como o Toirão, o CDS, o Zé Mau, etc. que faziam umas carocas no Quartel de Brasfemes e conhecem na pele os defeitos do sistema. Ele até mandou o Toirão a Lisboa tirar um curso e levar uma bácina para vir de lá a dizer bem daquela m... 

  O pior foi a Formação coerciva que foi necessária ministrar para trabalhar com os rádios.

  O Gago decidiu – como de costume – que a formação devia decorrer como o tiro: nos dias a seguir ao serviço nocturno.

  Como não chegou a levar nenhum fogacho num pé de um Voluntário ensonado após 24h de trabalho nem aprendeu com a batalha perdida com o Pirex (3 anos de processos por faltas ao tiro), continua a insistir com as formações após o serviço nocturno.

  Começaram a haver reclamações e fugas à formação dos rádios. Decidiram intimidar o pessoal com ameaças e a assinarem notificações ilegais para comparência nos dias a seguir à noite.

  Como é habitual, a maioria compareceu e assinaram as notificações  que nem uns cordeirinhos mas alguns (os “contras”do costume) tiveram que ir nos dias de serviço e outros porque até dão algum sossego aos demais enquanto lá estão; como é o caso do Gago e do Panaché. Foram umas horas de sossego no Matadouro enquanto essas alminhas lá estiveram a brincar com os rádios.

  A formação é dada pelo Tinente e seu adjunto, o Nélito, encarregado de ligar os aparelhos e carregar nas teclas do PowerPoint enquanto ele fala e manda rádios ao chão.

  O Ampolas ficou de fora porque está castigado. Rasteirou a 1ª Dama e partiu-lhe um pé para a afastar do Comando da futura Sala de Controle das cameras. Ainda se arrisca a ir parar ao fundo da escala 3-2 dos Castigados.

  O Tinente dá a formação equipado com os extras todos do rádio que até parece um locutor da Tv cheio de fios e volumes debaixo da roupa. É rádio, é auricular, é microfone, é um espectáculo.

  CONCLUSÃO:

  Em caso de emergência, o meio mais eficaz e fiável continua a ser o telemóvel.





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