Todos os
funcionários do Estado estão habituados a assistir de vez em quando à entrada de equipamentos como: uma série de computadores iguais, de impressoras, rádios,
secretárias, armários, etc.Isto acontece, não por uma necessidade efectiva desses bens no serviço ou por terem sido pedidos, mas porque alguém que ocupa um lugar de relevo teve ao seu dispor uma verba que destinou ao beneficio próprio ou de algum familiar através da aquisição desses bens.
Os nossos
governantes do PS, não desfazendo dos demais políticos (tudo a mesma m...) são exímios nessa arte de subtrair verbas ao erário publico através de parcerias
publico/privadas. As famosas PPP.
É um fenómeno mundial conhecido por “porta giratória” ou por “pescadinha de rabo na boca”, cá no burgo.
Consiste em
pessoas que estavam no Governo e conseguiram a entrada em empresas de grandes
grupos económicos que eles favoreceram através das suas decisões enquanto
membros do governo e depois conseguem voltar ao Governo através dos apoios desses
grandes grupos; mantendo assim o ciclo. É um grupo de criminosos que delapida e
gere o nosso País desde 25 de Abril de 1974.
Em 1999, no
Governo de Guterres iniciou-se mais uma dessas PPP’s denominada SIRESP (Sistema Integrado das Redes de
Emergência e Segurança em Portugal) que visava gerir um sistema de comunicações
com o objectivo de ser um sistema de comunicações móveis comum às forças de
segurança, a emergência médica e a protecção civil.
Todo este
processo era digno de uma novela com alguns protagonistas de colarinho branco, bem
conhecidos do povo como se pode ver nos links seguintes:
Agora com o
Governo de António Costa voltamos a assistir a mais do mesmo e a
aproveitarem-se dos Voluntários cá do Matadouro de Coimbra para fazerem publicidade
ao tal SIRESP.
Agarraram
numas dúzias de rádios que bem falta faziam às forças de segurança e outros
utilizadores do SIRESP e distribuíram-nos por 3 Quartéis.
Como não
podia deixar de ser, o Matadouro de Coimbra foi um dos escolhidos. Por várias
razões:
São bem
mandados. Comem e calam; nem estrebucham.
Apesar do
grande numero de passaritos que tem no inventário (mais de 500) tem um efectivo
de Voluntários irrisório, o que torna o investimento menor pelo reduzido numero
de rádios necessários.
Havia
uma necessidade premente de controle das comunicações por parte do SIS do
Matadouro que é gerido pelo Tinente após a saída do Cú-de-Pato, um especialista
na audição de conversas alheias.
Estes rádios
gravam todas as conversações entre utilizadores e podem ser requisitadas as
conversações que sejam úteis para accionar processos disciplinares aos Voluntários.
Com a
proibição da entrada dos telemóveis no Quartel, imposta por Panaché, o Gago
ficou sem maneira de comunicar com o pessoal no exterior nem receber as
chibadélas do costume. A maioria deixou de atender o TM fora do Quartel como
retaliação pela proibição. À excepção da D. Dolophine que Frei Herlander
autorizou a usar o TM no serviço para encomendar a metadona. O argumento
utilizado foi o de ter o marido doente e como não se pode contar com o INEM,
graças ao SIRESP, tem que ser ela a socorrê-lo, apesar de não ser médica.
Esta argumentação
não serve para os Voluntários entrarem no Quartel com o TM, mas pode ser útil
para ir para a Judite, como aconteceu ao Ourives. Para não autorizarem o pedido
que ele fez, mandaram-no para lá onde pode usar o TM à vontade.
Estes rádios
servem para substituir os telefones que dão muito trabalho a reparar
(principalmente nos dias de chuva) e substituir os rádios existentes. Não tem
nada a ver com uma melhoria das comunicações ou com aquela ideia dos filmes
americanos em que andam todos com um rádio à cintura por uma questão de
segurança.
O Tinente, que não quer ser Comandante porque teria que sair do Matadouro de Coimbra só para ganhar mais uns trocos e ter a responsabilidade de gerir um Quartel ou então ficar aqui a comandar este antro; decidiu agarrar esta oportunidade com unhas e dentes. Sim, porque vidinha como esta que leva aqui no Matadouro, não há em mais lado nenhum.
O Tinente, que não quer ser Comandante porque teria que sair do Matadouro de Coimbra só para ganhar mais uns trocos e ter a responsabilidade de gerir um Quartel ou então ficar aqui a comandar este antro; decidiu agarrar esta oportunidade com unhas e dentes. Sim, porque vidinha como esta que leva aqui no Matadouro, não há em mais lado nenhum.
Tornou-se
Comandante das comunicações da Zona Centro e arredores; e é ele que manda em
tudo.
Até tem um
rádio especial, cheio de teclas que dá para falar com os amaricanos via satélite.
Ao contrário
do que dizem os utilizadores do SIRESP, o Tinente diz que os rádios têm um
alcance espectacular, que ele próprio testou em passeios à conta do orçamento
por esse pais fora. Inclusivamente ele disse que o Cú-de-Pato levou um rádio na
mala para os Açores e falava todos os dias com o Panaché sem problemas. Sem
problemas de comunicação, porque em relação ao serviço eram só problemas atrás
de problemas.
Ele anda
para aí a meter medo aos motoristas dizendo que os rádios dos carros - ele fala
no plural como se tivesse muitos carros onde montar os rádios mas... - têm um
sistema de GPS integrado. Serve para controlar as fugas ao trajecto e já tem
introduzidas as coordenadas dos locais onde costumam ir fazer os fretes ao Gago
e ao Panaché.
Ele teve que
calar alguns conhecedores do SIRESP como o Toirão, o CDS, o Zé Mau, etc. que
faziam umas carocas no Quartel de Brasfemes e conhecem na pele os defeitos do
sistema. Ele até mandou o Toirão a Lisboa tirar um curso e levar uma bácina
para vir de lá a dizer bem daquela m...
O pior foi a
Formação coerciva que foi necessária ministrar para trabalhar com os rádios.
O Gago
decidiu – como de costume – que a formação devia decorrer como o tiro: nos dias
a seguir ao serviço nocturno.
Como não
chegou a levar nenhum fogacho num pé de um Voluntário ensonado após 24h de
trabalho nem aprendeu com a batalha perdida com o Pirex (3 anos de processos
por faltas ao tiro), continua a insistir com as formações após o serviço
nocturno.
Começaram a
haver reclamações e fugas à formação dos rádios. Decidiram intimidar o pessoal
com ameaças e a assinarem notificações ilegais para comparência nos dias a
seguir à noite.
Como é
habitual, a maioria compareceu e assinaram as notificações que nem uns cordeirinhos mas alguns (os
“contras”do costume) tiveram que ir nos dias de serviço e outros porque até dão
algum sossego aos demais enquanto lá estão; como é o caso do Gago e do Panaché.
Foram umas horas de sossego no Matadouro enquanto essas alminhas lá estiveram a
brincar com os rádios.
A formação é
dada pelo Tinente e seu adjunto, o Nélito, encarregado de ligar os aparelhos e carregar
nas teclas do PowerPoint enquanto ele fala e manda rádios ao chão.
O Ampolas
ficou de fora porque está castigado. Rasteirou a 1ª Dama e partiu-lhe um pé
para a afastar do Comando da futura Sala de Controle das cameras. Ainda se
arrisca a ir parar ao fundo da escala 3-2 dos Castigados.
O Tinente dá
a formação equipado com os extras todos do rádio que até parece um locutor da
Tv cheio de fios e volumes debaixo da roupa. É rádio, é auricular, é microfone,
é um espectáculo.
CONCLUSÃO:
Em caso de emergência, o meio mais eficaz e
fiável continua a ser o telemóvel.
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