Patolino
tinha um cigano que era burro e como se não bastasse, era trubeculoso.
O burro do
cigano chegou a ser declarado um êxito e um exemplo do combate ao bacilo de
Koch; por parte dos Srs. Doutores que o trataram.
“Não é
contagiável” diziam os Srs. Drs. no início quando ele andava a contaminar isto
tudo.
Não houve isolamento para não provocar o pânico e à conta disso mandou uns quantos companheiros e voluntários para o estaleiro; alegadamente portadores do bacilo.
Foram todos
coagidos a tomar uma medicação agressiva e proibidos de beber. “Nem um copito à
refeição”, disse o Sr.Dr. Um sádico, este médico.
Esta
medicação foi gratuita para os “doentes”, mas saiu muito cara ao Estado. Serviu
para justificar e manter uns quantos “tachos” que não tinham nada que fazer
antes disto acontecer. E talvez para receberem umas prendas das Farmacêuticas que fabricam estes medicamentos caros.
O burro do
cigano nunca se importou com nada e foi andando pelos cantos sempre à procura
do seu pacotito, para aliviar o sofrimento.
“Está curado
da trubeculose”. Diziam eles, pouco antes de ele “bater as botas”.
Patolino decidiu
poupar algum na alimentação para ficar bem visto e ocupar o lugar de Nº1
deixado pelo Padreco; como tal decidiu começar a cortar a ração ao passarito
trubeculoso.
Resultado:
aconteceu como na rábula do burro e do cigano. Quando estava curado da
trubeculose, desabituado da metadona e de comer...morreu.
Menos um
cliente para a D. Dolophine (que se diz Dra. mas não pode exercer) , a dealer de
metadona cá do sítio que o tinha como certo no seu leque de clientes.
Para piorar
a situação, o Patolino só deu conta no fim do dia, quando se foi gabar do êxito da sua terapia e quis registá-la no Guinness Book. Quando foram confirmar...mais
uns processos.
Lá vai o
Patolino ter que trazer uns sargos veado para o Gago e para o Panaché, até
conseguirem abafar a coisa.
Frei
Herlander, o espertalhão tratou logo de emanar uma Ordem Interna a sacudir a água
do capote e acrescentar uns parágrafos ao Regulamento Interno.
Diz ele que
os voluntários não sabem contar passaritos, apesar de terem sido ensinados no
curso.
Quer os
passaritos todos fora do ninho à hora do Conto. “De pé” escreveu ele na Ordem
Interna, armado em legislador. Para verificar qualquer anomalia (estado de saúde, aspecto, verbalização).
Uma espécie de Iridilogia.
Agora somos
videntes.
A Maya foi
vista no Quartel e agora compreende-se porquê. Vai ministrar cursos.
O que vale é
que ninguém o levou a sério senão havia de ser bonito. Logo pela manhã, na abertura a obrigar os
passaritos a sair do ninho com o frio que está, para avaliar o estado de saúde.
Era um motim certo.
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